quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Neo-ateu é condenado à prisão e a mil chibatadas na Arábia Saudita

Vejo muitos neo-ateus brasileiros choramingando pela internet e se dizendo "vítimas" de intolerância por parte dos religiosos. Alguns afirmam que a vida do ateu aqui nesse país é muito "dura":


Vejo esse vitimismo mais ou menos dessa forma:


Não vejo como a vida dos ateus pode ser "dura" aqui no Brasil! O ateu aqui é livre, ele faz o que quer! Durante a visita do papa, por exemplo, os ateus saíram pelas ruas com seus secadores de cabelo em mãos, "desbatizando" as pessoas que encontravam nas ruas como forma de protesto contra a igreja católica (vide). E nem por isso foram agredidos ou impedidos de protestar.

Eles também fazem campanhas ateístas em ônibus livremente (vide).
Ateu "desbatizando" pessoas durante a visita do papa


Os "desbatizados" ganhavam até um certificado



O ateu brasileiro não pode reclamar de nada! Ele vive num país de maioria cristã, mas muito tolerante. E essa tolerância com os ateus também é observada em outros países cristãos pelo mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, ateus fazem seu proselitismo antirreligioso livremente. No Texas um grupo de neo-ateus chamado “Atheist Agenda” chegou a distribuir publicamente revistas pornográficas em troca de bíblias ( vide ), pois diziam que a bíblia também é "pornografia". 

Pois é! Eles afrontam os cristãos com seus insultos, blasfêmias e ataques e mesmo assim recebem de volta a tolerância. Isso porque os cristãos são pacíficos. 

Mas nem todos os religiosos são tolerantes como os cristãos! Em países islâmicos ateuzinhos militantes não têm vez.
Um exemplo disso foi o que aconteceu com um jovem blogueiro chamado Raif Badawi.

Raif Badawi

Esse blogueiro foi condenado na Arábia Saudita a 10 anos de prisão e a mil chibatadas que serão divididas em "leves" prestações de 50 por sessão, por ter de certa forma "insultado o islã" em seu blog. 

Na verdade Badawi deu até sorte, pois foi inicialmente acusado de apostasia, e a punição para apostasia é a pena de morte.


Sou contra esse tipo de extremismo religioso, obviamente, mas convenhamos:
Um ateu tradicional jamais entraria numa enrascada dessas, pois ele não sente essa "necessidade religiosa" de ficar pregando seu ateísmo para todo mundo. Infelizmente os neo-ateus não são assim! Neo-ateus são extremamente antirreligiosos e não conseguem ficar sem insultar ou afrontar a religião alheia.

Muitos acham que isso é "liberdade de expressão", mas eu discordo pelo seguinte motivo:
Se os neo-ateus apenas criticassem os erros da religião e dos religiosos (como fazem de vez em quando), eu poderia até concordar que isso é liberdade de expressão. Mas além das críticas eles também blasfemam, debocham, insultam e tentam rotular os religiosos como pessoas burras e semianalfabetas. Isso não é "liberdade de expressão", é intolerância religiosa, o que de acordo com a nossa Lei é até crime (Lei 9.459/1997).


"O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis"    Juliana Steck



2 comentários:

  1. o problema dos religiosos vitimistas, é que também choraminga por um problema que parte em dobro dos teístas, se eu me lembro se não é crime um religioso sair pregando, não tem lógica dizer que neo-ateus estão cometendo algum crime em fazer o mesmo,
    sobre deboche e blasfêmia(eu não vou a igreja pra saber oque é heresia, pecado, blasfêmia, conspiração, pros religiosos eu já cometo isso tudo só de ser ateu, uma mulher quase me mata por eu disser oque todo ateu diz "deus não existe" a mulher ficou com raiva, queria brigar) além de definição ser específica por religião(oque é heresia,blasfêmia e pecado?), é muito fácil um religioso se ofender com qualquer palavra de um ateu e interpretar criticas como heresia, se eu falo que sou ateu, já ouço 4 ofensas de um cristão a um "deus não existe" resposta: "fumou pedra","você vai pro inferno","vai morrer","tomara que leve uma surra" estamos em um pais de intolerância,
    e briguinhas na internet é quase sempre freqüente não por causa dos ateus, mas por intolerância religiosa, que é a não aceitação de visões de mundo diferente, além de não desejarem ver esse tipo de pessoa, querem impor seus dogmas, antigamente estudiosos eram mortos por heresia de criticar a biblia,
    nós não vivemos mais em teocracia, já passou o tempo de intolerância, parece uma frescuragem sem limites, quando citou o exemplo de Raif Badawi, parecia que você estaria a favor pois a mentalidade é a mesma, ausente apenas o extremismo, os protestos, sátira, critica, opinião e todo pensamento de um ateu não é crime, o post aborda isso apenas como mi mi mi, os exemplos não sustenta o vitimismo, sem criar partido ideológica a intolerância no Brasil é de maioria cristã que mesmo não praticando sua fé, acha normal iniciar uma briga, briga não é debate, em um debate de ateus dificilmente eu vi o uso da palavra "deus imaginário" ou "bíblia é fantasia", com propósito de atacar pessoas, todos são argumentos sérios e comparação lógica, sem apelo ao "ad homine" ou injúria pessoal, oque para aqueles que coloca a fé acima da razão, isso é uma tremenda ofensa de crime hediondo, não exclui que existem ateus que debocham ou fica trocando ofensas(embora eu vi mais debates quente, é mais fácil ver ofensa gratuita dos teístas) tipo, um ateu deixa uma frase "a religião aliena" se olhar pelo significado de cada palavra é bem verdade, e se questionado o ateu irá justificar isso, mas se ser ateu é uma ofensa, imagina falar com sinseridade oque pensa como ateu, sem apelar para difamação ou gritos emocionais,
    uma forma dos religiosos entenderem isso é compara com a mitologia grega, em que hoje ninguém acredita (apenas alguns) e você pode falar que aquilo é mitologia sem precisar enfrentar uma maioria intolerante contra poucos que lhe dará atenção para tentar entendê lo mesmo que seja na tentativa de pregação que segundo esse post um ateu estaria cometendo crime.

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  2. realmente concordo com você,o cara procurou por isso,ele sabia do risco que estava correndo,mesmo assim não sou a favor desse extremismo religioso todo e sinto ate pena do cara penso na família dele acho que isso foi muito exagerado quero dizer esse extremismo religioso todo...o certo seria o cara pagar uma multa,tomar um processo ou no mínimo um período de tempo de prisão determinado de acordo com a gravidade do crime,mas 10 anos de prisão e mil chibatadas,e um absurdo e uma grave violação dos direitos humanos.claro que o que o cara fez não esta certo mas o castigo também foi um pouco exagerado na minha opinião,ao menos ele não foi condenado a morte,espero que tudo de certo e que o cara e a família dele fiquem bem.meus pêsames a eles.se deus quiser eles ficarão bem.

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