domingo, 27 de agosto de 2017

Bactérias que digerem nylon - a grande "prova" dos evolucionistas



Esse não é um assunto novo, mas como eu ainda não tinha falado sobre isso aqui, vou deixar registrado.

Sabemos que os evolucionistas vivem procurando evidências para sustentar seus pressupostos naturalistas, e a vontade de encontrar tais evidências é tão grande que às vezes os leva a se precipitar. Um exemplo disso foi o famoso caso do  Homem de Nebraska. Quem não se lembra desse caso burlesco? Alguém encontrou um dente no chão e já saiu falando que ele pertenceu a um ancestral humano. Proeminentes autoridades científicas da época corroboraram a "grande descoberta" que mais tarde se mostrou errônea! Era apenas um dente de porco. Pois é! Erros podem acontecer, principalmente quando a vontade de comprovar algo é maior do que a vontade de investigar. Agora temos um novo exemplo de precipitação evolucionista: as bactérias que digerem nylon.

Bactérias que se alimentam de nylon

Por que a descoberta dessas bactérias está causando alvoroço entre os proponentes da teoria de Darwin? Veja bem: o nylon (náilon) é uma substância que foi desenvolvida no século 20, e portanto não poderia servir de alimento para essas bactérias. Se essas bactérias estão se alimentando de nylon, isso significa que elas sofreram algum tipo de mutação para passar a digerir essa fibra sintética. Isso, em tese, seria um tipo de evidência da evolução darwiniana.

Por que isso não é prova?

Bactérias que passam a digerir nylon são exemplos de microevolução ou de macroevolução? Essa é a pergunta chave! Praticamente nenhum crítico da teoria da evolução nega que pequenas mudanças abaixo do nível taxonômico das espécies aconteçam. Chamamos isso de "microevolução", ou seja, pequenas e limitadas mudanças nas espécies. Todos os seres vivos possuem uma reserva genética que dá a eles a capacidade de adaptação, variação, especialização e especiação. Isso é necessário à sobrevivência dos seres vivos. Agora dizer que essas pequenas mudanças, quando acumuladas por bilhões de anos, são capazes de fazer com que os descendentes de uma simples bactéria mudem até se tornarem elefantes, é algo difícil de acreditar. Mas é justamente isso o que a teoria de Darwin afirma.

Mecanismo desconhecido ou evolução darwiniana?

Por que não devemos considerar o caso das bactérias comedoras de nylon como um exemplo de evolução darwiniana? Simples: segundo os proponentes da teoria da evolução as mudanças evolutivas ocorrem da seguinte forma:

1- o ser vivo sofre uma mutação, que na verdade é um erro de cópia do material genético que acontece durante a divisão celular. Essa mutação é randômica, ou seja, ela acontece ao acaso, sem propósito algum. Tal mutação pode ser benéfica, maléfica ou neutra.

2- se essa mutação trouxer problemas para o animal, ele provavelmente vai ter desvantagens em seu habitat, e isso provavelmente fará com que ele morra sem passar essa mudança para seus descendentes. Se a mutação for benéfica, ele passará essa mudança para sua prole. Essa seria a seleção natural.

No caso dessas bactérias é muito mais racional acreditar que essas mudanças ocorreram em resposta à uma situação de estresse, ou seja, ao invés de mutações ocorrendo ao acaso e sorte (evolução darwiniana), temos um mecanismo pré-programado capaz de produzir mudanças adaptativas que respondem a necessidade do ser vivo. Mudanças com propósito específico.

A exposição da bactéria a uma situação de estresse pode ativar a transposase e provocar uma recombinação genética. A presença de transposases em tais números no plasmídeo sugere que o plasmídeo foi projetado para se adaptar quando a bactéria se encontra exposta a situações de estresse, como fome, exposição ao veneno ou altas temperaturas. Além disso, não foi encontrada homologia entre essas enzimas e as enzimas conhecidas.

Isso faz tanto sentido que até possui base experimental.  Pesquisadores japoneses conseguiram fazer com que bactérias que não tinham enzimas capazes de degradar o nylon, passassem a degradá-lo em apenas 9 dias. Isso sugere um mecanismo especial para tal adaptação, e não um processo aleatório através de uma seleção natural.

(Prijambada, I.D., Negoro, S., Yomo, T. and Urabe, I., Emergence of nylon oligomer degradation enzymes in Pseudomonas aeruginosa PAO through experimental evolution, Applied and Environmental Microbiology).








Sem comentários:

Enviar um comentário