quarta-feira, 7 de junho de 2017

Arraias (bad design)

Comentário feito em uma página ateísta no Facebook




O argumento do "bad design" (desenho ou projeto ruim) consiste em mostrar exemplos de supostas imperfeições na natureza no intuito de provar que tais coisas evoluíram por meio de processos naturais cegos e aleatórios. Uma inteligência não poderia elaborar um projeto defeituoso, argumentam.

No entanto, porém, esses críticos se esquecem que temos uma tonelada de exemplos de coisas que foram comprovadamente projetadas, mas que apresentam defeitos. Um exemplo disso é o próprio Windows, que apesar de ter sido projetado por mentes inteligentes e capacitadas, apresenta inúmeros "bugs" (falhas).



Portanto falhas e defeitos não indicam ausência de design intencional. Isso no máximo indica que o projeto não é tão bom.

Nesse ponto os críticos vão começar a lançar seus espantalhos dizendo que um Deus perfeito jamais criaria coisas imperfeitas. Só estão se esquecendo de outro detalhe: os proponentes da TDI não afirmam que o projetista é um Deus. Na verdade eles admitem honestamente que não podem dizer quem é o projetista. Tudo o que eles podem fazer é mostrar que existem traços de design na natureza e inferir que essas coisas foram projetadas deliberadamente por uma inteligência, visto que somente uma inteligência pode projetar algo assim. Design Inteligente se resume em observações de estruturas naturais e inferências em cima do que foi observado nessas estruturas. A TDI também conta com métodos para identificar padrões reconhecidos de planejamento.

Os argumentos de Bad Design também possuem falhas


Acontece que praticamente todos os argumentos de "bad design"  são falhos e facilmente refutáveis. Já falamos aqui em alguns deles (ex: nervo laríngeo da girafa, compartilhamento da faringe, DNA lixo, fiação invertida da retina e outros...). Todos esses argumentos são oriundos da falta de conhecimento de seus autores, e o argumento de hoje não é diferente.

O suposto bad design da arraia elétrica




O "biólogo de Facebook" alega ter identificado um "bad design" na raia (ou arraia elétrica). Segundo ele a posição dos olhos e da boca desse animal dificulta a alimentação do mesmo, pois ele tem dificuldades de enxergar o alimento e por isso fica procurando a comida por horas. Será?

Por que a arraia é do jeito que é?


Os olhos da arraia estão localizados na parte superior do animal para que ele possa se cobrir com finas camadas de areia no intuito de se camuflar. Nesse caso os seus olhos proeminentes ficam para fora, observando tudo ao seu redor.


A boca produz uma sucção poderosa, capaz de desalojar os invertebrados com conchas do substrato.
Para localizar suas presas esse animal não precisa dos olhos. Na verdade ele possui pequenos poros chamados “ampolas de Lorenzini” que são sofisticados receptores sensíveis à temperatura, salinidade e pressão da água, com capacidade especial para detectar campos eléctricos muito subtis, gerados por outros animais. Quando a arraia e a presa se aproximam um do outro, os sensores elétricos mais próximos à presa são ativados e enviam uma mensagem tridimensional ao cérebro da arraia, sobre a localização exata da presa, em tempo real. A arraia sabe precisamente a distância e a posição relativa da presa. A arraia também é capaz de farejar suas presas através de seus espiráculos. Portanto ao contrário do que nosso "çientista de Facebook" disse, esse animal não tem dificuldade alguma para caçar e se alimentar da sua presa.



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